O dia se foi... Deslizando entre olhos, ouvidos, narizes, gargantas... E a madrugada com sua boca faminta, abocanha os restos.
As crianças dormindo em cima de colchões, camas, redes (quase sempre), que ficam acima do chão, e de barrigas cheias (nem sempre), sonhando vazios.
Lá fora o cachorro corre, late pra deus e o mundo, e quente, volta pra seu canto de sorte, sozinho.
Enquanto a cigarra, insiste em cantar o que ninguém quer ouvir.
E lá dentro se ouve lágrimas, que descem em lamento do que não se pode acudir.
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